História de homens que não "geravam" espermatozoides... Parte 3

Agora vou narrar um quadro de real azoospermia, onde não foi possível obter espermatozoides. O casal era determinado e disciplinado

Nas últimas histórias narrei dois casos de diagnósticos de azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen) que foram revertidas com obtenção dos espermatozoides através da punção testicular e epidídimo. Ambas pacientes engravidaram, uma na segunda e a outra na primeira tentativas.

Eles já estavam decididos a encontrar um doador compatível com o desejo de ambos e resolveram escolher a melhor opção em dois bancos de sêmen: um nacional de outro internacional.

É possível escolher a cor da pele, cor dos olhos, cor do cabelo e tipo, altura, peso, grau de instrução, profissão, hobby, doenças preexistentes etc. Alguns bancos oferecem sêmen de doadores que fazem alguns exames genéticos.

Expliquei as possibilidades técnicas que variavam entre um inseminação artificial intrauterina (IAU) e uma fertilização invitro com transferência de embrião (FIVET).

As chances de engravidar por cada tentativa com IAU - 5 à 30% e com FIVET - 10 à 70%.

Como o leigo confunde as duas técnicas eu vou explicar cada uma:

- Na Inseminação Artificial Intrauterina (IAU) o sêmen passa por um preparo com técnica de capacitação para separar os espermatozoides do líquido seminal, concentrar, selecionar os melhores e colocar num meio de cultivo especial para inseminação. Normalmente esse processo leva em torno de uma hora. Depois o médico introduz (insemina) o produto final na cavidade uterina.

- Na fertilização invitro (FIVET) nós processamos o sêmen igual à IAU, retiramos os óvulos da mulher, colocamos espermatozoides e óvulos num pratinho de cultivo, colocamos numa incubadora que simula uma tuba (trompa), aguardamos a fertilização e formação do embrião até blastocistos e posteriormente, 5 a 6 dias após, transferimos para a cavidade uterina.

O casal optou por uma FIVET. O resultado foi uma gravidez gemelar na primeira tentativa.