Você está cuidando da sua mama?
As mamas femininas são órgãos com funções únicas e definidas – Amamentar.

Porém o ser humano agrega a elas outros valores como de estética corporal, de estímulo sexual, de afetividade, entre outros... São órgãos que se caracterizam por mudanças evolutivas, atingem graus de maturidade na idade adulta e fatores como gravidez e principalmente , amamentação, diferenciam as mamas umas das outras. E isto é bastante importante quando falamos em diagnóstico por imagem.
As mamas jovens ou que nunca amamentaram tendem a ser mais densas por terem mais tecido FIBROGLANDULAR. A partir de 35 a 40 anos inicia-se naturalmente o processo de involução mamária onde este tecido passa a ser substituído por tecido GORDUROSO, menos denso, mais frouxo, o que na prática passa também a ser percebido pela grande maioria das mulheres já que as mamas tornam-se menos responsivas aos estímulos hormonais, por isto menos dolorosas, mais flácidas e, infelizmente para elas, a queda das mesmas torna-se mais marcante a partir desta fase. E isto tem implicações bastante importantes.
Exames de Imagem
Quando falamos em diagnóstico por imagem das mamas, falamos especialmente de MAMOGRAFIA e ULTRASSONOGRAFIA.
Como Rastreamento populacional, a MAMOGRAFIA é o exame indicado para TODAS as mulheres e com periodicidade. anual a partir dos 40 anos, podendo ser realizada em mulheres mais jovens, como em casos de história familiar (2 ou mais casos de câncer abaixo dos 50 anos).
Porém, pela alta densidade das mamas, esse método poderá ter a sua sensibilidade prejudicada, havendo com mais frequência a necessidade de complementarmos o seu estudo com a ULTRASSONOGRAFIA.
A mamografia é capaz de diagnosticar lesões muito pequenas com até 1 a 2 mm de diâmetros, sendo capaz de proporcionar tratamentos bastante conservadores e importante redução de MORTALIDADE por câncer, como já foi comprovado por inúmeros estudos científicos.
A ULTRASSONOGRAFIA utiliza SONS que apresentam comprimento de ondas não audíveis ao ouvido humano, está melhor indicada em mamas mais densas e para complementação da MAMOGRAFIA, especialmente na diferenciação de lesões sólidas (Nódulos) ou líquidas (Cistos). É exame inócuo e com menor grau de desconforto.
Devido à baixíssima dose de irradiação utilizada na MAMOGRAFIA, não há que termos receio em não realizarmos a mamografia pois para que uma mulher ter um câncer mamário em decorrência da irradiação a que ela foi submetida, haveria a necessidade de ela realizar cerca de 60 a 80 mil mamografias, assim como também não há a necessidade técnica de usarmos protetoras abdominais ou de tireóide durante a execução do exame.
E fica a recomendação das mulheres a partir dos 40 anos de idade realizarem os seus exames clínicos com o seu médico (Ginecologista ou Mastologista), a sua MAMOGRAFIA ANUAL e a complementação com outro exame, a critério do seu médico.
- Tags do artigo: Prevenção
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Sobre o Autor
Dr. Mauricio de Aquino Resende
Médico Mastologista do Hospital Universitário da Univ. Federal de Sergipe.
Ex. Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - Região Nordeste / Ex-Presidente do Congresso Latino-Americano de Mastologia - 2011 / Diretor do Departamento de Relações Internacionais da Sociedade Brasileira de Mastologia / Ex-Fellow do Karolinska Institute em Estocolmo-Suécia / Ex-Fellow do Instituto Europeu de Oncologia em Milão- Itália / Ex-Felow do Institute Gustave-Roussy em Paris - França.